Nos últimos anos o termo copywriter tem se popularizado cada vez mais no Brasil. Sua compreensão vai desde a definição técnica de um profissional que “produz textos”, até a de gênios das vendas que cobram altos valores para redigir um simples e-mail.
É certo que o copywriting é um trabalho que envolve textos, ao contrário de outras modalidades de venda que necessariamente acontecem de modo presencial (ou mesmo por telemarketing).
Contudo, mesmo nesses casos o trabalho do copywriter pode estar implícito: ele pode, por exemplo, escrever o script de vendas, tanto do telemarketing quanto do consultor que realiza uma venda presencialmente.
Também assim, ele pode escrever os seguintes tipos de textos:
- Artigos de conteúdo;
- Anúncios na internet;
- E-mail marketing;
- Cartas de venda;
- Palestras e discursos;
- Peças publicitárias.
A linguagem e as intenções do copywriter
Como vimos, fazer copywriting é muito mais do que escrever com correção. Trata-se mesmo de unir um conteúdo bem escrito (em termos gramaticais), com a criatividade da área do marketing e os gatilhos mentais e psicológicos das vendas. Nesse sentido, o copywriter acaba sendo um dos cargos mais interdisciplinares da publicidade contemporânea. Também por isso ele pode lidar com qualquer tipo de solução, desde embelezamento de cabine de elevador até salão de cabeleireiro. Assim, esse profissional é um dos mais habilitados a falar com todo tipo de público, mesmo que esteja no comando de uma comunicação ou venda altamente técnica. Inclusive, saber superar os jargões do seu nicho, e conseguir expressar-se com simplicidade sem ser simplório, é um dos primeiros desafios e a primeira grande dica para um copywriter. Outro erro muito comum de comunicação entre as marcas e o seu público se dá na ansiedade por vender uma solução, o que acaba gerando elogios excessivos em torno do produto ou serviço, quando não da própria marca, em detrimento do cliente. Mas, se um profissional da área de restauração de piso de mármore demonstra que só quer mais e mais clientes, independentemente da qualidade intrínseca da solução dele, certamente os clientes perceberão e o resultado cairá. Na verdade, a princípio o cliente não está interessado na marca ou nas “soluções” que ela tenha para oferecer, mas em resolver suas próprias dores e seus problemas. Um modo eficiente de o copywriter aprender isso é entendendo o papel do marketing de conteúdo e do inbound marketing na atualidade.Qual a diferença entre inbound e outbound?
O outbound é uma modalidade de marketing bastante eficiente, e que não apenas continua sendo utilizada, como certamente não está tão perto de acabar quanto alguns dizem. Contudo, é verdade que o inbound marketing tem ganhado cada vez mais protagonismo, e mudado sensivelmente a área de publicidade de todas as empresas e marcas. O outbound faz a prospecção ativa, com forte cunho comercial, como é comum vermos na televisão, no rádio, em panfletos, dentre outros. O inbound faz a prospecção passiva, muito comum em blogs e estratégias de e-mail marketing e social media. Hoje uma loja de materiais elétricos para condomínios pode lançar mão das duas estratégias ao mesmo tempo, sem que elas entrem em conflito. Mas, é na área de inbound que ela vai encontrar o desafio de gerar os melhores conteúdos, atraindo clientes por sua autoridade e não apenas por prometer “preços e prazos arrasadores”. E é aí que entra o papel do copywriter. Em tese o copywriter também pode escrever um material de outbound marketing, é verdade. Contudo, ele só será um profissional completo se compreender como cada vez mais é a autoridade da marca o que atrai o público. Então, quando você ouvir dizer que copywriter é a arte da “escrita persuasiva”, basta lembrar-se que isso não quer dizer que você precisa sair utilizando argumento em cima de argumento, sem conhecimento maior do mercado atual. Assim, se para atrair clientes para a área de hidrojateamento abrasivo você precisa entender da indústria de hidrojato, precisará muito mais compreender os perfis de clientes existentes, desde expectativas evidentes até inclinações psicológicas. Depois de compreender isso, é possível falar de modo mais assertivo em técnicas indispensáveis para qualquer escritor ou vendedor que queira ser um copywriter de sucesso.Dominando a função dos gatilhos mentais
Existem alguns princípios de ordem psicológica que nos levam a agir de modo mais mecânico, quase que automático. Esse fenômeno é indispensável ao universo do copywriter. Quando nós executamos hábitos quase inconscientes como caminhar ou escovar os dentes, há uma seção do nosso cérebro que está em atividade. Enquanto isso, pensamos em outras coisas. Mas, e se ao “decidirmos” o que vestir, o que comer, qual caminho tomar para o trabalho, também existir um elemento semiconsciente em jogo? De fato, existe. Por isso podemos dizer que ao decidir qual cabeleireiro você vai frequentar, ou qual açougue, ou qual empresa de conserto de gerador de energia vai contratar, existem elementos que não são inteiramente consciente ou racionais. Baseado nisso, os gatilhos mais comuns e indispensáveis para qualquer copywriter são aqueles que podem conduzir o cliente em potencial pela tomada de decisão em prol de uma marca ou empresa, e não de outra. São eles:- Aprovação social;
- Autoridade;
- Afinidade;
- Escassez.