Há quem diga que a cada dia surgem novas estratégias de marketing, de tal modo que chega a ser difícil acompanhar as novidades. Porém, se tem uma frente que não é apenas “mais uma”, e que também não é tão “nova”, é a de Inbound Marketing.
Quer dizer, em sentido estrito o inbound depende totalmente do marketing digital e portanto começou há pouco tempo. Contudo, a base conceitual e estratégica dele está em nada menos que o marketing de conteúdo, este sim bastante antigo.
Hoje se uma empresa de compressor parafuso para ar comprimido quer captar leads e novas oportunidades, dificilmente ela vai fazer telemarketing e sair ligando para as pessoas para descobrir quem pode ter interesse nesse tipo de solução, concorda?
O que se faz é criar conteúdos que sirvam como iscas para trazer, de maneira muito mais assertiva, o contato de pessoas que tenham interesse naquilo e que possam ser consideradas clientes em potencial.
Faz todo sentido que seja assim, pois isso reduz os custos com marketing e publicidade no geral, além de que aumenta consideravelmente a assertividade e a eficiência no tocante às taxas de conversão e de retorno.
Pois é justamente nessas iscas que está o que se convencionou chamar de marketing de atração, que é um outro nome para o inbound. Na prática inbound significa “entrada”, ou seja, “marketing de entrada”, mas ele tem vários sinônimos.
Também é comum ouvir falar no inbound marketing como o “marketing novo”, o que volta a mostrar sua familiaridade com o marketing de conteúdo. O mais bacana é que, nesse sentido, essas estratégias vencem até mesmo outras que já são digitais.
O maior exemplo é o do outbound, que seria um “marketing de saída”. Neste caso, alguém da área de empresas de usinagem em SP, por exemplo, pode patrocinar um anúncio nos motores de busca para que as pessoas da sua região o encontrem por essa palavra-chave.
Certamente esse tipo de estratégia é eficiente e traz seus resultados, por isso não se trata de comparar o outbound com o inbound, ou de colocar um em detrimento do outro. Porém, é indiscutível que a familiaridade com o marketing de conteúdo aponta para o futuro.
Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo os conceitos mais importantes da área, bem como dicas práticas que façam você entender melhor qual é o futuro do marketing de conteúdo e do inbound, para conseguir se orientar.
O mais bacana é que essas estratégias já evoluíram tanto que podem ajudar qualquer segmento, seja a venda ou reparo de setores industriais como o de esteira de movimentação de materiais, seja uma loja de roupas e calçados.
Então, se você quer entender melhor como isso é possível e ficar alinhado com o futuro da grande estratégia do “marketing novo”, basta seguir adiante na leitura.
Inbound marketing: o que é isso?
Como vimos acima, o inbound se trata de algo novo na medida em que está relacionado ao marketing digital. Inclusive, o funil de vendas (do qual falaremos mais adiante) está intimamente ligado às etapas dele. Por outro lado, vimos que também se trata de algo que tem uma base no content marketing, que é o marketing de conteúdo. É fundamental falar mais sobre ele, pois se tem algo que faz o inbound fracassar, às vezes, é a falta dessa base. É aqui que a estratégia ganha uma sinergia incrível com as novas gerações, que são os compradores que estão na internet, conectados o dia inteiro em redes sociais, motores de busca e plataformas como um todo. Mesmo quando falamos em uma empresa de banho de níquel, é preciso compreender que por trás dos decisores e compradores de um negócio desses há pessoas reais, que também têm seus hábitos de leitura e consumo de conteúdos. Por isso é que o content marketing se tornou tão universal e importante para as marcas que queiram conquistar seus clientes com base na relação de médio e longo prazo. Isso é o que se convencionou chamar de “prospecção passiva”. Na contramão vai o outbound, que é a prospecção ativa, que prefere trabalhar anúncios, propagandas e patrocínios geralmente baseados em promoções de curto prazo. Portanto, a essência do inbound marketing é a prospecção passiva, com base na relação prolongada que faz o cliente ir criando intimidade com a marca. Para entender melhor o futuro dessa estratégia, vamos falar sobre essa noção de “jornada da compra”.A relação com o funil de vendas
Se a base do inbound marketing sempre foi e sempre será a relação com o cliente mediante a criação de conteúdos originais e relevantes, então a “jornada” que o leitor vai percorrer é algo fundamental, que precisa ser muito bem pensado. Aí é que surge a noção de lead, que é justamente o contato que vai percorrer as etapas do funil de vendas como modo de realizar maximamente o sentido comercial do inbound. Imagine uma fábrica que produz papel filtro industrial, ela pode ter um portfólio com soluções que alguns clientes em potencial ainda nem sabem que existem, para filtragem de determinados equipamentos que vivem dando problema com limpeza. O funil de vendas é algo que vai girar em torno dessas jornadas e das etapas ou estágios que o lead vai percorrer desde o momento mais embrionário, em que ele ignora a existência do produto/serviço, até a fidelização àquela marca. Tradicionalmente, podemos dividir esse processo assim:- Atração de leads;
- Conscientização;
- Avaliação de proposta;
- Negociações e fechamento;
- Fidelização do cliente.